quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Momento de Relembrar com Léo Batista


Léo Batista é um jornalista, dublador e locutor brasileiro que comanda quadros esportivos na Rede Globo além de apresentar algumas edições do programa Globo Esporte. É considerado o mais antigo apresentador em atividade na televisão brasileira. Léo é uns dos jornalista que trasmitiram o primeiro jogo de Garrincha no futebol desde então Léo Batista criou uma paixão muito grande pela equipe do Botafogo e em seu aniversario de 75 anos comemorado na Rede Globo no Show do Intervalo de uma partida os narradores fizeram uma homenagem a ele e uns deles acabou deixando escapar que Léo era botafoguense.
Léo Batista nasceu em Cordeirópolis, uma cidade no interior de São Paulo, e começou a trabalhar na adolescência, no serviço de alto-falantes da cidade, onde nasceu em 22 de julho de 1932, e estreou como redator na Rádio Globo, no Rio de Janeiro, para onde mudou-se no início da década de 1950. Mais tarde transferiu-se para a extinta TV Rio, onde durante 13 anos comandou o “Telejornal Pirelli”, à época um dos mais prestigiados do País.
Em 1970, ingressou na Rede Globo, onde está há mais de 40 anos e só não é mais antigo que o colega Cid Moreira. Na emissora, Léo inaugurou o Jornal Hoje, participou do Globo Rural , narrou os gols da rodada no Fantástico, e tem microfone cativo no Globo Esporte e no Esporte Espetacular.
O pseudônimo “Léo” veio do nome de sua irmã, Leonilda – “ela que tem horror ao nome dela, Leonilda, e que a gente só chama de Nilda. Peguei o “Leo” dela, deixei de lado o João Bellinaso Neto, e virei Léo Batista” – afirma Léo. Léo Batista foi o primeiro jornalista a anunciar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, através da Rádio Globo.
Léo, carinhosamente chamado, sempre gostou de televisão. Em 1947, estreou ao microfone a convite de um primo, Antonio Beraldo, carinhosamente conhecido como Toninho, que inaugurou em Cordeirópolis um serviço de alto-falantes, muito comum nas cidades pequenas. O estúdio ficava numa praça perto do prédio da pensão, onde o pai tinha o negócio próprio. Léo foi o último a fazer o teste. Leu um anúncio, anunciou uma música e, quando viu, estava transmitindo as notícias. O primo gostou e disse que seria o seu locutor. Léo considerou que ele estava maluco só de pensar em apresentar essa idéia ao pai, um italiano “queixo-duro”, que já estava contrariado por haver deixado a escola para ser garçom.
A reação do pai, Senhor Antonio Francesco Belinaso, era a que se esperava. Principalmente porque naquela época gente de rádio, artista, músico, compositor e cantor eram todos malvistos, por causa da vida boêmia. A sociedade tinha deles o pior conceito possível. Mas o Beraldo disse ao pai as palavras mágicas: “Seu Antônio, ele vai trabalhar, mas não é de graça. Vou dar 200 mil réis só para começar. E, se ele conseguir algum anúncio, ainda ganha uma comissão.” Sem dinheiro, meu pai na hora mudou o discurso: “Ah, ele vai ganhar um dinheirinho? Aí está bem, mas tem que ser depois do horário do trabalho na pensão.”
Uns seis meses depois da experiência com o primo Beraldo, Léo recebeu convite do senhor Domingos Lote Neto. Ele gostou da voz e insistiu em levar para fazer um teste na recém-inaugurada Rádio Clube de Birigui, “a pérola do Noroeste” e assim fez. Léo foi contratado. Lá, transmitiu futebol, parada de 7 de Setembro e programas de auditório como o “Clube da Alegria”, em que teve o privilégio de apresentar a Hebe Camargo na festa do primeiro aniversário da emissora.
Em Piracicaba (SP) foi para a Rádio Difusora de Piracicaba. Na época, o XV de Novembro, time local, tinha subido para a primeira divisão do Paulistão e buscava um locutor esportivo. Léo passou a acompanhar e narrar os jogos do antigo campo da Rua Regente (ainda não existia o estádio Barão da Serra Negra). Depois, para o Pacaembu, a Vila Belmiro… o próprio Léo revela em suas entrevistas: “eu era atrevido. Vim até para o Rio transmitir a Copa de 50″
Depois participou de todas as Copas. Ao vivo ou na retaguarda, atuou também em Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos… “Não perdi mais nada” – afirma Léo.
Em 1955, trocou de emprego e se mudou para a hoje extinta TV Rio, onde comandaria por 13 anos o Telejornal Pirelli, um dos noticiários de maior sucesso na televisão. Chegou à Globo em 1970 e logo se destacou devido ao seu estilo descontraído. Ele foi um dos que transmitiram o primeiro jogo da carreira de Mané Garrincha, em 1953. Léo Batista é o apresentador mais antigo em atividade na Globo e foi um dos criadores, em 1978, do programa Globo Esporte, no ar até hoje. Nas décadas de 1980 e 1990 chegou a apresentar um bloco esportivo no Jornal Nacional, aos sábados. Seu rosto pode ser visto nas edições de sábado na edição carioca do Globo Esporte e sua voz as quartas feiras, nos intervalos dos jogos brasileiros.
Em entrevistas, Léo sempre comenta que enquanto Deus lhe der voz e a TV Globo quiser, ele continuará trabalhando e ainda nega que já pensou em aposentadoria.

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