segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"As Cariocas" recria a vida cotidiana do Rio de Janeiro contemporâneo

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Uma mulher é barrada na entrada de um bar e o segurança pede o documento dela. Eles argumentam sobre a obrigatoriedade deste procedimento. "Valeu! Corta!", avisa o diretor Daniel Filho, posicionado a três metros de
distância da apresentadora Angélica e do ator Sergio Loroza na gravação de um dos episódios da nova série "As Cariocas", que estreia na terça-feira (19), após o "Casseta & Planeta, Urgente!", da Globo. "Ele é muito bom porque é objetivo, ele sabe o que quer", diz a apresentadora em referência ao diretor. A cena em questão faz parte de um episódio que é protagonizado por Angélica. "Ela é uma pessoa que está levando um chifre, basicamente é isso", revela aos risos, sobre ela como a protagonista do episódio "A Traída da Barra".
Este é um dos dez episódios independentes da série que fala das peculiaridades femininas com o Rio de Janeiro
como pano de fundo. Neste, Maria Teresa é uma funcionária exemplar, cuida bem da casa, é feliz no amor, tem dois filhos encantadores. Ela é casada com Cícero, papel que ficou com o apresentador Luciano Huck. "O Daniel me ligou para me convidar e falou: 'vou convidar o Luciano também, você acha que ele topa?'. Eu falei: 'eu acho que não. Acho complicado porque ele não gosta de atuar'. Mas o Daniel com aquele jeito dele que convence, ele falou com Luciano e ele acabou curtindo", conta Angélica, enquanto aguarda os ajustes finais da equipe técnica.
Antes de retomar a gravação, o diretor Daniel Filho pede algumas mudanças de posicionamento do trilho que guia a câmera e mais algumas marcações de ângulos são feitas. "Vamos lá gente, passar mais uma vez o ensaio!", diz o
diretor. Angélica fica perto do táxi. "Cadê a Anja?", pergunta o diretor. "Aqui!", responde a apresentadora acenando e sorrindo.
Começa um barulho de marteladas próximo de onde estavam rodando as cenas. Para tudo. "Jurei que a cidade cenográfica não tinha barulho", brinca o diretor, que espera o barulho acabar. O diretor deu sinal para rodar. A apresentadora ajeita a roupa e caminha em direção a porta do boteco. Angélica, agora na pele de Maria Teresa, vai para um bar em represália à traição do marido. Mas no meio do caminho tinha um segurança, vivido por Sérgio Loroza. Ele pede os documentos da Maria Teresa. "Olha a minha cara", responde ela um pouco irritada. O segurança é insistente, mas a mulher traída está sem paciência. Ela exige o documento que garanta esse procedimento. Sem resposta, Loroza autoriza a entrada da moça. "Valeu!", aprova Daniel Filho.
Em um segundo momento, estão em cena os atores André Dias, que vive o solteirão Fernando, e Fernanda Pontes, que dá vida à descolada Renata. Assim que Maria Teresa entra no bar, conhece o rapaz que a convida para dar uma volta. Ela, irritada e a fim de dar o troco no marido, aceita a proposta. Enquanto eles aguardam o manobrista trazer o carro do sedutor, Renata surge como uma aparição mágica e tasca um selinho na boca do rapaz. "Angélica, recua um pouquinho", pede o diretor para o melhor enquadramento da câmera. Fernanda Pontes recebe orientações do diretor. "Você é a melhor amiga dele. Acaba de conhecer a Maria Teresa e já a convida para uma festa", repassa a cena. O casal sai do bar, Renata, personagem de Fernanda Pontes, os aborda e convida para sair. Maria Teresa faz cara de desconfiada. "Foi, galera!", encerra Daniel Filho.
Divulgação
Ambientada em diversos bairros do Rio de Janeiro, a trama de "As Cariocas" é inspirada no livro homônimo de Sérgio Porto -- e adaptada por Euclides Marinho--, que contava com seis histórias, cada uma passada em um bairro do Rio de Janeiro.
Dez atrizes irão protagonizar dez episódios independentes. São elas: Alinne Moraes ("A Noiva do Catete"), Cíntia Rosa ("A Internauta da Mangueira"), Adriana Esteves ("A Vingativa do Méier"), Alessandra Negrini ("A Iludida de Copacabana"), Paola Oliveira ("A Atormentada da Tijuca"), Grazi Massafera ("A Desinibida do Grajaú"), Fernanda Torres ("A Invejosa de Ipanema"), Sonia Braga ("A Adúltera da Urca"), Deborah Secco ("A Suicida da Lapa") e Angélica ("A Traída da Barra").
Para manter os episódios instigantes, o diretor fez uso de uma característica importante do escritor do livro na série. "O jeito irônico e irreverente do Sérgio, ou Stanislaw Ponte Preta, --seu pseudônimo em textos mais humorísticos, quase um alterego-- é o molho destes contos", garante.
Por Gabriel Sobreira - UOL

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