sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Troca de Fátima Bernardes por Patricia Poeta é tão importante quanto a escolha da próxima “Gabriela”


O frenesi causado pela notícia da saída de Fátima Bernardes do “Jornal Nacional” é intrigante uma vez que não faz diferença nenhuma, neste modelo de noticiário, quem lê as notícias para você.
A substituição dos “talking heads” Cid Moreira e Sergio Chapelin por jornalistas da casa, em meados da década de 90, alterou muito pouco a essência da apresentação do principal jornalístico da Globo.
Nestes 15 anos, desde que William Bonner e Lilian Witte Fibe (depois substituída por Fátima) assumiram a bancada, poucas foram as oportunidades que tiveram, na função, de demonstrar as suas habilidades como jornalistas.
Alguém poderá argumentar que a diferença é sutil, mas fundamental: Bonner e Fátima entendem as notícias que estão lendo, o que não parecia ser o caso de Cid Moreira e Chapelin.
É verdade, mas não é necessário ser jornalista para compreender o que se lê. E, pior, na própria Globo há hoje exemplos de jornalistas que apresentam telejornal, mas dão a impressão de não fazer ideia do que estão lendo.
Os índices de audiência do “Jornal Nacional”, mesmo menos relevantes do que há 15 anos, ainda justificam o interesse causado pelos apresentadores do “Jornal Nacional”. Mas é uma curiosidade do mesmo tipo que gera a escolha da atriz que fará o papel principal em “Gabriela”.
Bonner e Fátima estão hoje na esfera do show-business, são figuras freqüentes nas revistas e sites de celebridades. E este é o destino reservado a Patricia Poeta, que assumirá o lugar da colega.

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