sexta-feira, 1 de julho de 2011

Relembrando as novelas "Roque Santeiro" e "Pantanal"


Roque Santeiro

Roque Santeiro foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida de 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, com 209 capítulos, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva baseado em original do próprio Dias Gomes, a peça de teatro O Berço do Herói; teve também as colaborações de Marcílio Moraes e Joaquim Assis e pesquisa de texto de Lilian Garcia, sendo dirigida por Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan, Marcos Paulo e Jayme Monjardim. A novela será retransmitida a partir de 18 de julho de 2011 no canal a cabo Viva.
Teve José Wilker, Regina Duarte, Lima Duarte e Armando Bógus nos papéis centrais da história.

TRAMA

A história se passa na cidade fictícia de Asa Branca, em algum lugar do Nordeste brasileiro.
Há 17 anos, o coroinha Luiz Roque Duarte, conhecido como Roque Santeiro por sua habilidade em modelar santos, morreu ao defrontar os homens do bandido Navalhada, logo após seu misterioso casamento com a desconhecida Porcina. Santificado pelo povo, que lhe atribui milagres, tornou-se um mito e fez prosperar a cidade ao redor da sua história de heroísmo. Só que Roque não está morto e volta à cidade, ameaçando pôr um fim ao mito. Sua presença leva ao desespero o padre Hipólito, o prefeito Florindo Abelha e o comerciante Zé das Medalhas, principal explorador do santo. Mas o maior prejudicado é Sinhozinho Malta, o todo-poderoso fazendeiro do lugar, que vê ameaçado o seu romance com a "viúva" Porcina, que nunca foi casada com Roque e sempre viveu à sombra de uma mentira articulada por Malta. Mentira institucionalizada para fortalecer o mito e tirar vantagens pessoais.
Ao retornar, Roque interfere na relação de Sinhozinho e Porcina, além de reacender a paixão de Mocinha, a verdadeira noiva, que nunca se conformou com seu desaparecimento e que se manteve casta à espera de seu amor, mesmo pensando que ele estivesse morto. Ela é filha do prefeito Flô e da beata dona Pombinha, sendo cortejada pelo soturno professor Astromar Junqueira, suspeito de ser o lobisomem.
Asa Branca também fica agitada com a chegada de Matilde, que monta o único hotel da cidade, a Pousada do Sossego, e traz do Rio de Janeiro duas dançarinas, Ninon e Rosaly, que vão trabalhar em sua "Boate Sexus", e enfrentar a ferrenha oposição do padre Hipólito e das beatas da cidade, comandadas por dona Pombinha Abelha.
Também chega à cidade a equipe de filmagem comandada por Gerson do Valle, o cineasta que vai filmar "A saga de Roque Santeiro". A película tem como astros principais a atriz Linda Bastos, casada com o ciumento Tito e por quem o diretor é apaixonado;e o mulherengo ator Roberto Mathias, que acaba por se envolver com a viúva Porcina, com Tânia, filha de Sinhozinho Malta, e com Lulu, a reprimida esposa de Zé das Medalhas.

CURIOSIDADES



  • Dias Gomes criou Roque Santeiro baseado em uma peça de teatro, de sua autoria, chamada O berço do herói, que havia sido censurada e proibida. A telenovela seria exibida em1975 pela Rede Globo e já tinha 30 capítulos gravados, além de chamadas anunciando sua estréia. Porém, no dia da estréia, a Rede Globo recebeu ofício do governo federal censurando a telenovela. A emissora então pôs no ar uma reprise compacta de Selva de Pedra, de Janete Clair, enquanto outra era escrita - Pecado Capital -, também de Janete. O motivo da censura foi uma escuta telefônica do governo, em que foi gravada uma conversa de Dias Gomes, em que ele afirmava que Roque Santeiro era apenas uma forma de enganar os militares, adaptando O Berço do Herói para a televisão, com ligeiras modificações que fariam com que os militares não percebessem que se tratava da mesma obra.
  • Dez anos depois, já no governo civil de José Sarney, a telenovela foi finalmente liberada e pôde ser exibida. Por consideração aos artistas envolvidos no trabalho original, os mesmos foram convidados a retomar seus personagens. Porém, Francisco Cuoco e Betty Faria, recusaram os papéis de Roque Santeiro e Viúva Porcina, Lima Duarte retomou o personagem Sinhozinho Malta. Além de Lima, outros atores que participaram da versão censurada e que retornaram nesta com os mesmos papéis foram João Carlos Barroso, Luiz Armando Queiroz e Ilva Niño. Elizângela, que foi Tânia em 1975, desta vez viveu Marilda. Milton Gonçalves, que em 1975 interpretava o padre Hipólito, em 1985 foi Lourival Prata, o promotor público. Lutero Luiz que em 1975 era o prefeito, na versão de 1985 foi o Dr. Cazuza.[carece de fontes]
  • Foram gravados oficialmente dois finais para a telenovela, um no estilo do filme Casablanca, no qual Porcina fica em dúvida se embarca com Roque no avião ou continua com Sinhozinho Malta, que por fim vai embora. No final exibido a viúva opta por permanecer ao lado do coronel, e os dois terminam acenando para Roque, que vai embora. De acordo com o documentário "A Negação do Brasil", de Joel Zito Araújo, teria sido gravado um terceiro final, no qual Porcina terminava ao lado do capataz Rodésio, interpretado por Tony Tornado, algo que de acordo com as declarações dos envolvidos não teria sido divulgado à imprensa pela Rede Globo.
  • Sinhozinho Malta tinha uma característica que ficou marcante e lembrada até os dias de hoje: quando estava nervoso, sacudia as pulseiras, num tique acompanhado por um efeito sonoro, com o som de uma cascavel, seguido do bordão "Tô certo ou tô errado?".
  • Primeira novela de Patrícia Pillar, Maurício Mattar e Cláudia Raia.A trilha sonora volume I foi remasterizada e lançada em CD em 2001, pela Som Livre, de modo que as faixas Verdades e Mentiras de Sá & Guarabira e Vitoriosa de Ivan Lins, do segundo volume, também foram inclusas no CD. Já a faixa "A Outra", de Simone, foi excluída.
  • Cláudia Raia fez de sua personagem Ninon, um grande sucesso. Tanto, que estampou a capa da revista Playboy, por duas vezes, durante a exibição da novela, em setembro de1985, e, em janeiro de 1986. Bem, como Yoná Magalhães, com sua personagem Matilde, que estampou a capa da revista Playboy, mas por uma única vez, em fevereiro de 1986, no mês de encerramento da novela.
  • A novela também foi exibida em Portugal, Cuba e em Angola, onde deu nome ao mercado aberto de Luanda.
  • Na primeira versão da novela, em 1975, o padre Hipólito se chamava padre Honório, sendo interpretado por Milton Gonçalves, e o bandido Navalhada se chamava Trovoada, papel de Rafael de Carvalho.
  • Com o sucesso da novela, a campanha de fim-de-ano da Globo em 1985 foi com os personagens de Roque Santeiro se confraternizando na praça da cidade, ao som do "A Festa é sua".
  • No ano de 2010 foi lançado um box com 16 DVDs contendo um compacto de Roque Santeiro de aproximadamente 50 horas de duração. Sendo a primeira novela brasileira a ser lançada nesse formato.

EXIBIÇÃO

  • Foi exibida entre 24 de junho de 1985 e 22 de fevereiro de 1986 em 209 capítulos, às 20 horas.
  • Roque Santeiro foi reapresentada duas vezes. De 1º de julho de 1991 a 3 de janeiro de 1992, na Sessão Aventura, em 135 capítulos. E de 11 de dezembro de 2000 a 29 de junho de 2001, no Vale a Pena Ver de Novo, em 145 capítulos.
  • A partir de julho de 2011, Roque Santeiro terá uma nova reprise no Canal Viva, substituindo a novela Vale Tudo.


Audiência

  • Quando foi reprisada, pela primeira vez em 1991, a audiência foi satisfatória, muito maior do que a das séries estrangeiras que ocupavam o horário, chegando à 36 pontos.

ELENCO

Regina Duarte interpretou a espalhafatosa Viúva Porcina.
José Wilker foi o protagonista Roque Santeiro.
Lima Duarte viveu Sinhozinho Malta.
em ordem de abertura
Ator↓Personagem↓
Regina DuarteViúva Porcina (Porcina da Silva), a "que era sem nunca ter sido"
Lima DuarteSinhozinho Malta (Francisco Teixeira Malta)
Yoná MagalhãesMatilde
Fábio JúniorRoberto Mathias
José WilkerRoque Santeiro (Luís Roque Duarte)
Ator↓Personagem↓
Eloísa MafaldaDona Pombinha (Coralina Abelha)
Luiz Armando QueirozTito Moreyra Franca de Batatás
Ruy RezendeProfessor Astromar Junqueira
Cássia KissLulu (Lugolina de Aragão)
João Carlos BarrosoToninho Jiló
Arnaud RodriguesCego Jeremias
Wanda KosmoDona Marcelina Magalhães
Maurício do ValleDelegado Feijó
Ísis de OliveiraRosaly
Cláudia RaiaNinon
Patrícia PillarLinda Bastos
Maurício MattarJoão Ligeiro
Cláudia CostaCarla
Alexandre FrotaLuizão
Atrizes convidadas
Ator↓Personagem↓
Lídia BrondiTânia Magalhães Malta
Lucinha LinsMocinha Abelha, a "víuva virgem"
Nélia PaulaAmparito Hernandez


Atores convidados
Ator↓Personagem↓
Ewerton de CastroGérson do Valle
Cláudio CavalcantiPadre Albano, o "padre vermelho"
Oswaldo LoureiroNavalhada
Othon BastosRonaldo César
Participação especial
Ator↓Personagem↓
Armando BógusZé das Medalhas (José Ribamar de Aragão)
Ary FontouraPrefeito Florindo Abelha
Paulo Gracindo como Padre Hipólito↓


Pantanal (telenovela)

Pantanal foi uma telenovela brasileira escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar.
A trama foi produzida pela extinta Rede Manchete e exibida originalmente de 27 de março a 10 de dezembro de 1990 às 21h30, sendo reapresentada quatro vezes, a última sendo na emissora SBT.
A trama apresentou Claudio Marzo, Jussara Freire, Antonio Petrin, Cristiana Oliveira, Marcos Winter, Luciene Adami, Marcos Palmeira,Paulo Gorgulho, Sérgio Reis e Angelo Antonio nos papeis principais.

SINOPSE

A novela conta a história de José Leôncio, um peão de comitiva que chegou com o Pai Joventino ao Pantanal, onde compraram uma fazenda e começaram a criar gado de corte. José Leôncio e seu pai caçavam Marruás um tipo de boi selvagem que vivia solto pelas matas da região aumentando assim seu rebanho na fazenda. Um certo dia Zé Leôncio viajou com os peões em comitiva e pediu para que seu pai não fosse caçar Marruá sozinho, entretanto o velho Joventino acabou indo caçar e desapareceu na imensidão do Pantanal. Zé Leôncio voltou de viagem e procurou pelo pai sem sucesso. Nesse dia ele prometeu que ia trazer um Marruá no laço todos os dias só para ter a esperança de encontrar o pai. Passado algum tempo, Zé Leôncio se tornou um fazendeiro rico e foi para o Rio de Janeiro cobrar uma dívida, onde conheceu e se apaixonou por uma jovem fútil e mimada, de nome Madeleine. A família de Madeleine era da alta classe carioca, porém seu pai era viciado em jogo, acabando aos poucos com o status da família e os deixando perto da falência. Antero, pai de Madeleine, aceita que José Leôncio se case com sua filha, recebendo dele um bom dinheiro para tentar resgatar o status da família. Ele a leva para o Pantanal e a engravida. Mulher da cidade grande, Madeleine não se adapta ao mundo rural, à rude vida pantaneira e à rotina de peão do marido. Durante uma das viagens de Zé Leôncio em comitiva, levando gado para a venda, ela foge com o amigo Gustavo que vai buscá-la no pantanal e o filho de poucos dias, para a cidade do Rio de Janeiro.
Amargurado, Zé Leôncio tenta em vão recuperar o menino, que acabara de nascer, mas acaba concordando em deixá-lo com a mãe na cidade grande. Passa a viver então com Filó, sua empregada, que já tinha um filho, Tadeu. Ele reconhece Tadeu como seu afilhado considerando ele seu filho. Vinte anos depois, o filho legítimo, Jove (Joventino), finalmente decide ir conhecer o pai. Mas o choque cultural é grande e os dois têm sérias dificuldades para se entender.
Sentindo-se rejeitado pelo pai, que acha que o filho é afeminado, e ridicularizado pelos peões por causa de seu jeito de moço da cidade, Joventino decide retornar ao Rio, mas leva consigo Juma Marruá, moça criada como selvagem pela mãe até a morte desta, assassinada por encomenda numa trama paralela de vingança entre posseiros de terras e vítimas de grilagem. Tal como a mãe, comenta-se no Pantanal que Juma se transforma em onça pintada. Passado um tempo no Rio, onde o choque cultural é agora sofrido por Juma, Joventino retorna ao Pantanal para não ter que se separar de sua "onça" amada. Desta vez, ele está disposto a se adaptar ao estilo de vida local. Jove começa a se acertar com o pai e com Juma e vai se transformando num autêntico peão pantaneiro, surpreendendo a todos continuamente.
A história tem ainda um lado sobrenatural, baseado no fascinante folclore da região Pantaneira: os principais personagens, com exceção de José Leôncio, frequentemente se deparam com uma figura conhecida como "O Velho do Rio", um curandeiro idoso que cuida das pessoas atacadas pela Jararaca Boca-de-Sapo, uma cobra venenosa, ou que simplesmente se perdem na extensão do Pantanal. Todos comentam que o Velho do Rio é o Pai de todas as sucuris, que ele se transforma em sucuri também sendo ele a maior de todas. O povo acredita que O Velho do Rio se trate do pai de José Leôncio, o desaparecido peão Joventino, de quem o neto Jove herdou o nome. Além do Velho do Rio e da história de Juma Marruá como onça pintada, uma terceira trama sobrenatural enriquece a novela: a figura do misterioso peão Trindade, que teria um pacto com o diabo, ou seria ele próprio a encarnação do diabo.
No decorrer da trama, José Leôncio descobre a existência de um terceiro filho seu, na verdade o primeiro dos três: José Lucas de Nada, fruto do primeiro relacionamento sexual dele com a prostituta Generosa, em um prostíbulo de Goiás para o qual fora levado pelo pai ao completar quinze anos de idade a fim de "mostrar que era macho". O sobrenome de José Lucas era De Nada, pois o mesmo não tinha pai para lhe dar um sobrenome, assim que Zé Leôncio o reconheceu como filho ele passou a ser chamar José Lucas Leôncio.
A saga da família Leôncio inclui, finalmente, o complicado relacionamento com o fazendeiro vizinho, Tenório, cujo passado como grileiro de terras o liga às tragédias familiares de Juma e seus pais, bem como de outros peões e agregados tanto da fazenda de José Leôncio como do próprio Tenório. O mau-caratismo deste e sua inclinação a vinganças covardes colocará em risco em diversas circunstâncias a família de José Leôncio. Por sua vez, Tenório também estará na mira de forasteiros que vieram de longe em busca de vingança contra o homem que destruiu a vida e os bens de seus pais.


PRODUÇÃO

A novela foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar.
Durante anos, a novela ficou engavetada na Central Globo de Produções, à espera de uma decisão se seria produzida ou não. Em 1990, a Manchete contrata seu escritor, Benedito Ruy Barbosa, que finalmente realiza seu sonho, obtendo estrondoso sucesso e superando a até então imbatível Rede Globo. Além disso, a Manchete contrata também uma grande leva de atores globais, como Cláudio Marzo, Cássia Kiss, entre outros e mistura com revelações da teledramaturgia brasileira, como Cristiana Oliveira e Marcos Winter.
Depois de provar que suas histórias também mobilizavam a audiência no horário nobre, o autor Benedito Ruy Barbosa, que na Globo só recebia o horário das 18h, retornou à casa em1993 para escrever, finalmente, uma novela das oito global: Renascer, outro grande sucesso.
Uma das atrizes do elenco não queria atuar na novela. Carolina Ferraz só foi atuar na novela após ser ameaçada de demissão pela emissora.
Como em todas as novelas o roteiro sempre muda no meio da exibição. Ítala Nandi havia pedido ao autor uma licença para atuar em um filme, e ele resolveu matar a sua personagem, Madeleine. Já Almir Sater saiu para protagonizar Ana Raio e Zé Trovão.

[EDITAR]EXIBIÇÃO

A novela foi exibida originalmente no Brasil pela extinta Rede Manchete entre 27 de março e 10 de dezembro de 1990 às 21h30.
Pantanal foi reapresentada em duas ocasiões: às 19h30, de 17 de junho de 1991 a 18 de janeiro de 1992, e às 21h30 na íntegra, de 26 de outubro de 1998 a 14 de julho de 1999. Esta segunda reprise tem uma particularidade interessante: entrou no ar em substituição à novela Brida, que acabou com os recursos da emissora. A Rede Manchete seria vendida pouco depois dessa reestreia de Pantanal, sendo assim essa reprise foi concluída pela RedeTV!.
Reexibição no SBT
Logomarca da novela Pantanal noSBT.
A exemplo do que já havia sido feito com Xica da Silva, o SBT comprou as fitas da novela arrematadas no leilão da massa falida da Manchete e passou a reapresentar Pantanal às 22h desde o dia 9 de junho de 2008 à 13 de janeiro de 2009. A Rede Globo contestou a reprise, pois detém os direitos do texto, adquiridos do autor Benedito Ruy Barbosa.
O SBT não anunciou a novela com antecedência. A emissora só anunciou como sendo sua "Arma Secreta". Também foram exibidas enquetes sobre as novelas preferidas pelo público e, curiosamente, na edição, Pantanal era a preferida do público. A emissora de Silvio Santos só começava a exibir a novela Pantanal quando a então novela das oito da Rede Globo A Favorita, acabava. A emissora paulista chegou a exibir chamadas apelando para o público dizendo: "Quando acabar a novela da Globo, A Favorita, troque de canal e veja a novela Pantanal".
A novela foi exibida pelo SBT do dia 9 de junho de 2008 a 13 de janeiro de 2009, de segunda a sábado na faixa das dez da noite. Nesta reexibição foi apresentada na íntegra, ou seja, o SBT conseguiu apresentar a telenovela Pantanal completa em 187 capítulos, uma vez que, no seu início, o SBT apresentava três capítulos completos em um, apresentando a novela em full time. Também foi criada uma nova abertura, e nesta quem aparecia nua era a modelo Glenda Santos.
A apresentadora Nani Venâncio, na época modelo, aparece nua se metamorfoseando em onça na abertura da novela.

Audiência

Menor Audiência: Na sua segunda semana de exibição, Pantanal registrou 11 pontos de média, número considerado alto para a média mínima de 9 pontos exigida pela emissora.
Maior Audiência: Sua última semana de exibição registrou 29 pontos de média com surpreendentes picos de 40, tornando-se a primeira novela não-global a atingir esse número.
Média GeralPantanal obteve uma média de 22 pontos, tornando-se fenômeno de audiência.

CURIOSIDADES

  • Com o público a novela será para sempre lembrada como a novela que bateu a audiência da Rede Globo. Seu sucesso foi estrondoso, ao ponto de a emissora de Roberto Marinho esticar a novela das oito (então Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu) para que os telespectadores não mudassem de canal, e lançar uma novela com os maiores nomes da casa (Araponga) para competir no mesmo horário, cancelando boa parte da linha de shows, tirando do ar programas consagrados como o TV Pirata.
  • Pantanal também foi a primeira (e por enquanto, a única) telenovela não-global, desde a falência da TV Tupi em 1980, que conseguiu ultrapassar frequentemente a marca de 40 pontos de audiência, muito além do esperado.O que é uma proeza fora dos domínios da TV Globo. E de quebra, o avassalador sucesso da trama rural pôs a emissora de Adolpho Bloch de vez entre as grandes produtoras de telenovelas da América Latina. Todavia, a Rede Manchete nunca mais repetiria tal façanha nos nove anos que lhe restariam de vida.
  • Em 1989 Cristiana Oliveira começou a gravar Pantanal, no papel de Juma, que inicialmente seria para a atriz Glória Pires. Mas Cristiana se ofereceu para fazê-lo, já que havia se apaixonado pelo papel ao ler a sinopse. A telenovela foi um grande sucesso, derrubando a audiência da TV Globo e virando um marco na teledramaturgia brasileira. Cristiana Oliveira, com este trabalho, ganhou prêmios no Brasil e no exterior.
  • Após dezoito anos, na reexibição de Pantanal pelo SBT, a novela voltou a bater a Rede Globo na audiência. No capítulo de quinta-feira, 3 de julho de 2008, a novela da Manchete exibida pelo SBT chegou a 18 pontos de pico, conquistando a liderança por quinze minutos. Desde este dia, em alguns capítulos, a novela atinge, por alguns minutos, a liderança de audiência e em boa parte do horário de exibição, a vice liderança em audiência.
  • O personagem do Roberto, filho de Tenório, inicialmente seria gravado por Livingstone Trobilio, afilhado da então primeira dama da Manchete, Ana Bentes Bloch. Porém, por motivos de estudos, ele foi substituído por Eduardo Cardoso, que por sua vez desempenhou o personagem com mérito. Ambos estudavam na mesma escola na vida real.
  • Pelo que se dizia, devido à boa audiência de Pantanal, o SBT já estaria negociando as fitas de A História de Ana Raio e Zé Trovão, novela produzida pela Rede Manchete após Pantanal, para uma possível reprise após o término da novela, porém, Silvio Santos mudou de ideia, e irá transformar o horário das 22h em horário fixo para novelas brasileiras que serão produzidas pelo SBT, começando pela novela Revelação.
  • A grande maioria das cenas internas foram gravadas no estúdio em Água Grande, zona norte carioca.
  • A atriz Luciene Adami fez de sua personagem Guta, um grande sucesso. Tanto, que estampou a capa da revista Playboy, de janeiro de 1991.
  • Nas chamadas de Pantanal no SBT,a emissora dizia "Amanhã,depois que terminar a novela da Globo,A Favorita,troque de canal e veja Pantanal".




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