O "Cidade Alerta", apresentado por José Luiz Datena, estreou sua nova fase há aproximadamente dez dias e já mostra que o apresentador e o formato já incorporaram o "jeito Record" de fazer jornalismo.
Com duas horas e meia no ar - tempo este que, por sinal, vem crescendo - o jornalístico ainda está muito aquém do que se esperava. Uma contratação do porte de José Luiz Datena aliada a uma série de estudos que duraram meses deveriam resultar em algo melhor do que está sendo colocado na tela.
Nesta semana, por exemplo, por diversas vezes o "Cidade Alerta" foi lotado de reprises de outros jornalísticos da casa, como o "Record Notícias", "São Paulo no Ar" e "Fala Brasil". Isso sem falar em reprises quase que integrais de quadros do "Domingo Espetacular" ou do próprio "Repórter Record". O telespectador, que busca um jornal de prestação de serviço e com informações, acaba se deparando com o que viu na hora do almoço, no café da manhã ou no domingo passado.
O "jeito Record" de jornalismo, por sua vez, não vem de hoje. Esse padrão é adotado desde os tempos de Reinaldo Gottino no "SP Record". Salvo uma ou outra matéria inédita, todas as outras eram reaproveitadas de outros programas da casa.
Considerando os índices de audiência, dificilmente a Record deve mudar este padrão. Datena vem alcançando até 10 pontos de média em uma atração que dura mais de duas horas. O desempenho é um impulso e tanto para uma emissora que em alguns dias nem mesmo as novelas chegam a este patamar. Mas mostra uma fragilidade do jornalismo e do ambicioso projeto de liderança. O que se vê é uma clara tentativa de economia de custos, já que uma matéria pode rodar por três, quatro ou cinco programas, e uma falta de respeito com o telespectador.
O que resta saber é se a situação em questão é do agrado de José Luiz Datena. Com os ânimos de sua contratação acalmados e com o dia dia sendo retomado, é de se questionar se o apresentador está contente com o rumo que o "Cidade Alerta" tomou. Datena sai perdendo nas duas comparações possíveis, afinal o "Cidade Alerta" atual é muito mais fraco e desinteressante que a versão que apresentava na década de 90 e é um programa muito mais engessado que o "Brasil Urgente", que apresentava até o mês passado. Embora a atração da Band também recorresse às reprises, havia uma boa dosagem de conteúdo inédito, links ao vivo e discussões interessantes.
A tendência é que no decorrer dos próximos dias, caso a situação não se reverta, o telespectador comece a procurar outras alternativas. E levando em conta que o SBT cresceu muito no horário e que a Band tem um produto muito bem feito sendo produzido, a posição de Datena à frente do "Cidade Alerta" não é uma das mais cômodas e não lhe concede o luxo de ter uma direção ausente e fraca.
Com duas horas e meia no ar - tempo este que, por sinal, vem crescendo - o jornalístico ainda está muito aquém do que se esperava. Uma contratação do porte de José Luiz Datena aliada a uma série de estudos que duraram meses deveriam resultar em algo melhor do que está sendo colocado na tela.
Nesta semana, por exemplo, por diversas vezes o "Cidade Alerta" foi lotado de reprises de outros jornalísticos da casa, como o "Record Notícias", "São Paulo no Ar" e "Fala Brasil". Isso sem falar em reprises quase que integrais de quadros do "Domingo Espetacular" ou do próprio "Repórter Record". O telespectador, que busca um jornal de prestação de serviço e com informações, acaba se deparando com o que viu na hora do almoço, no café da manhã ou no domingo passado.
O "jeito Record" de jornalismo, por sua vez, não vem de hoje. Esse padrão é adotado desde os tempos de Reinaldo Gottino no "SP Record". Salvo uma ou outra matéria inédita, todas as outras eram reaproveitadas de outros programas da casa.
Considerando os índices de audiência, dificilmente a Record deve mudar este padrão. Datena vem alcançando até 10 pontos de média em uma atração que dura mais de duas horas. O desempenho é um impulso e tanto para uma emissora que em alguns dias nem mesmo as novelas chegam a este patamar. Mas mostra uma fragilidade do jornalismo e do ambicioso projeto de liderança. O que se vê é uma clara tentativa de economia de custos, já que uma matéria pode rodar por três, quatro ou cinco programas, e uma falta de respeito com o telespectador.
O que resta saber é se a situação em questão é do agrado de José Luiz Datena. Com os ânimos de sua contratação acalmados e com o dia dia sendo retomado, é de se questionar se o apresentador está contente com o rumo que o "Cidade Alerta" tomou. Datena sai perdendo nas duas comparações possíveis, afinal o "Cidade Alerta" atual é muito mais fraco e desinteressante que a versão que apresentava na década de 90 e é um programa muito mais engessado que o "Brasil Urgente", que apresentava até o mês passado. Embora a atração da Band também recorresse às reprises, havia uma boa dosagem de conteúdo inédito, links ao vivo e discussões interessantes.
A tendência é que no decorrer dos próximos dias, caso a situação não se reverta, o telespectador comece a procurar outras alternativas. E levando em conta que o SBT cresceu muito no horário e que a Band tem um produto muito bem feito sendo produzido, a posição de Datena à frente do "Cidade Alerta" não é uma das mais cômodas e não lhe concede o luxo de ter uma direção ausente e fraca.
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