terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Crítica TV!

Crítica 
  • A volta da Escolinha
  • A "Escolinha do Professor Raimundo" marcou época entre os programas humorísticos do nosso país. Um formato de sucesso, que começou na rádio, nos anos 30 e chegou à televisão em 1957, como um quadro do "Noites Cariocas", da TV Rio. Pouca gente sabe, mas a Escolinha de Chico Anysio só virou um programa independente em 1990.

    Foi sucesso nas TVs Excelsior, Tupi e Globo. E contribuiu para a formação de diversos humoristas, além de dar emprego a muitos veteranos desempregados. Sem contar que o Professor Raimundo, é lembrado até hoje como um dos personagens mais marcantes de Chico Anysio.

    Ficou no ar, pela TV Globo, até 1995 e já foi ressuscitada outras vezes como quadro, no próprio canal, porém nunca mais com o mesmo brilho.

    Continuando a linha do tempo, a TV Record exibiu entre os anos de 1999 e 2001, a "Escolinha do Barulho", uma reedição do clássico programa, que teve índices consideráveis e apostou num fato interessante: ao invés de apenas um professor, vários. Cada dia um, e entre estes, diversos convidados famosos. Assim pudemos ver grandes personalidades atuando com os humoristas.

  • Porém, devido à falta de maiores inovações e a overdose do programa na grade, a audiência minguou e o programa foi cancelado.

    Entre 2009 e 2010, a Band “criou” a “Escolinha Muito Louca”, mais uma reedição, desta vez comandada pelo cantor Sidnei Magal. E o resultado foi o mesmo: bons índices no começo, overdose de exibições depois e cancelamento por falta de Ibope.

    Ou seja, é uma ideia que sempre esteve em nossa telinha, desde o início. Conto isso pois, foi divulgado recentemente, que o Gugu irá apresentar mais uma edição da Escolinha, desta vez dentro do seu programa.

    A ideia em si é ótima, afinal é um formato dinâmico, que agrada ao telespectador desde sempre. Porém será que Gugu irá seguir o mesmo caminho da mesmice e da falta de novidades na atração?

  • Já ficou provado de que este tipo de humor se esgota facilmente. A Record começa acertando, já que a exibição semanal é muito mais adequada do que a diária, afinal as mesmas piadas, todos os dias cansam, se esgotam.

    Porém outro problema é o cenário único. Não é possível conhecermos os pais dos personagens, a cantina da escola ou a sala da diretoria? Não é possível um personagem que usa sempre o mesmo bordão, uma vez falar algo diferente, surpreender?

    Seria uma forma de reinventar uma atração que reconhecidamente atrai público, mas que se seguir a linha tradicional, já nasce fadada a mesmice e ao sucesso instantâneo, com data de validade curta.
TV!

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