O BTG Pactual, banco de investimentos de André Esteves, acaba de acertar a compra do PanAmericano, o banco de Silvio Santos. Por volta das 18h30, o apresentador dirigia-se à sede do Fundo Garantidor de Créditos, em Pinheiros, para assinar a venda.
O fundo aceitou dar um empréstimo adicional de R$ 1,5 bilhão ao PanAmericano –o BTG Pactual acertou o pagamento de R$ 450 milhões, único reembolso feito até agora. Em novembro do ano passado, o Fundo Garantidor já havia emprestado R$ 2,5 bilhões. Sem o aporte desses R$ 4 bilhões, o Banco PanAmericano quebraria, segundo executivos que participam da nova gestão.
No momento em que Silvio dirigia-se ao fundo para assinar a venda, executivos do PanAmericano preparavam um comunicado ao mercado, chamada tecnicamente de “fato relevante”, anunciando a entrada do novo controlador.
Uma hora antes, o apresentador informara seus advogados de que não tinha nada mais contra a venda do PanAmericano ao BTG Pactual.
Não dá para saber nesse momento os termos em que o negócio está sendo fechado.
O PanAmericano tem um rombo de R$ 4 bilhões e passava por uma situação dramática –corria o risco de faltar recursos para operar até o final da semana.
Silvio não tinha mais condições de ficar à frente do banco por pressões do Banco Central. Depois que se descobriu que o rombo era de R$ 4 bilhões –e não de R$ 2,5 bilhões– o BC informou o apresentador de que ele não podia mais permanecer à frente da instituição.
O BTG Pactual é um dos principais bancos de investimentos do país. Tem à frente dois banqueiros jovens e agressivos, André Esteves e Pérsio Arida.
No final do ano passado, o Pactual recebeu um aporte de US$ 1,8 bilhão, feito pelos fundos soberanos da China e de Cingapura. Com a entrada desses recursos, o Pactual passou a ter um capital de US$ 4,3 bilhões.
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