quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Resgate dos mineiros no Chile expõe o tédio na "Fazenda"

No momento em que os candidatos decidiam quem ia para a roça, a Record interrompeu a exibição da “Fazenda” na noite de terça-feira para mostrar o resgate do primeiro mineiro a deixar a mina onde viveu confinado por mais de dois meses. Foi um gesto corajoso. Comparada ao bilu-tetéia de Sergio Mallandro e seus colegas em Itu, a saga de Florencio Avalos e seus 32 companheiros é incomparavelmente mais interessante.
A direção do programa até que tentou rivalizar com a provação dos mineiros e obrigou a turma da “Fazenda” a ficar 16 horas sem água. Só que ninguém reclamou. Depois de 15 dias de confinamento, e sem a histriônica Monique Evans, a adrenalina baixou, quase não há mais gritaria e as brigas foram substituídas por gestos de paz e amor.
Antes do resgate de Avalos, por exemplo, “A Fazenda” obrigou o público a testemunhar por alguns minutos a ternura de Tico Santa Cruz fazendo cafuné em Geisy Arruda. Um casamento perfeito, a propósito, já que são dois dos personagens mais divertidos do programa, até o momento.
A musa da Uniban mereceu um raro quadro especial da edição, destinado a mostrar a sua erudição, conversando com os animais da fazenda, em especial o burro, e inventando expressões, como “personal trailer”. Já o roqueiro teve direito a exibir toda a sua finesse, ao desabafar: “Daqui a pouco vou começar a cagar no chão”.
No momento em que os candidatos votavam para decidir quem vai para a roça, Britto Jr. resolveu dar um pitaco e levou azar: “Estou gostando que ninguém está falando de afinidade”, observou. No instante seguinte, justificando seu voto em Geisy, a moça conhecida como Piu Piu disse que votava na musa da Uniban por falta de... afinidade.
O programa se encerrou com chave de ouro, ouvindo Geisy dizer por que não merece ser eliminada: “O Brasil não é burro”, explicou. É verdade.

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