Acompanhar uma novela profissionalmente virou mania por entre os brasileiros. Nós, acostumados a assistir folhetins e nos prender por completo a essas tramas durante tanto tempo, somos especialistas em analisar, resenhar, palpitar, sugerir, reclamar e curtir uma novela. Somos tão acostumados a ver novelas que assistimos profissionalmente, na maioria das vezes, a maioria das novelas, por não podermos ficar de fora do debate do dia seguinte, que sempre tem no seu assunto a cena do capítulo anterior.
Então, às vezes, nos esquecemos que uma novela tem que ser prazerosa. O brasileiro se acomodou e, hoje, assiste à maioria das novelas puramente por obrigação. Uma ou outra consegue realmente mexer com os nervos, emocionar e sacudir o telespectador. Quando eu digo poucas, são pouquíssimas. Raríssimas exceções. “A Vida da Gente” se encaixa nesse bolo. Lícia Manzo, até então e talvez até hoje desconhecida, transformou a vida da gente em algo melhor após a estreia do novo folhetim das 18h.
Com poucos núcleos e um leve tema, a novela não toca em nenhum assunto que exija muita polemica justamente pelo fato de precisar manter prazeroso assistir. Ainda assim, o jeito como estão sendo abordadas as atitudes de alguns personagens criam um bom debate pra sociedade.
Em outra oportunidade, discutiremos isso tudo. Só passei aqui pra dizer que “A Vida da Gente” é muito mais fina que aquela estampa.
Breno Cunha
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