O incômodo causado à liderança da Globo no Ibope na primeira edição não se repetiu nas duas sequências, mas tudo prometia mudar com o elenco repleto de figuras polêmicas neste quarta saga do programa. Monique Evans, Bruna Surfistinha, João Kleber, o ex-jogador Dinei, Compadre Washington, Valesca Popozuda e a ex-namorada do jogador Adriano,Joana Machado, eram alguns dos nomes que prometiam apimentar a briga pela audiência. Mas, muito pelo contrário, o que se viu foi uma salada mista e sem sal.
Insistindo com a apresentação arrastada de Britto Jr. e uma edição confusa, com idas e vindas no tempo que confundem a cabeça do telespectador, a direção da Record coloca em risco um formato que poderia render muito mais, por conta do diferencial de espaço (uma verdadeira fazenda), além dos bichos e atividades muito bem elaboradas.
A produção, muito bem acabada tanto nas festas como nas provas, não é suficiente para garantir um sucesso maior, ainda mais quando os participantes não rendem o esperado (como nesta edição, em que Gui Pádua, maior responsável por trazer alguma 'vida' ao programa, foi eliminado precocemente).
Mudanças nas regras durante o jogo não são crime e abastecem de adrenalina um protótipo que pode cair na mesmice a qualquer momento. É nesta ocasião que devemos tirar o chapéu para Boninho, cuja direção com mãos de ferro já leva o Big Brother Brasil a sua 12ª edição, com uma repercussão recorde (medida em pageviews) do site oficial da atração, graças à edição passada. Um show de realidade não impede que a mesma não possa ser controlada por 'mãos' de fora. A vulnerabilidade dos que vivenciam o reality é a grande sacada e o chamariz de público, sempre em busca de uma análise laboratorial dos participantes, estes verdadeiros ratos à mercê de experiências dentro de uma telinha.
por Pedro Willmersdorf
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