segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pan de Guadalajara: Futebol uruguaio dá lição ao Brasil


Medalhas de bronze não costumam merecer mais do que um registro simples, de uma linha, ao final dos relatos sobre as vitórias e conquistas em eventos como o Pan. É natural que seja assim. No caso do futebol, em que o Brasil deu vexame e foi eliminado na fase classificatória, é provável, e até compreensível, que a medalha de bronze nem tenha merecido uma linha no noticiário.
O bronze obtido pela seleção do Uruguai, porém, é digno de uma nota maior. Por culpa de um vulcão no Chile, a equipe chegou com atraso a Guadalajara, obrigando a organização dos Jogos a adiar a sua primeira partida, contra Trinidad e Tobago.
Por conta disso, a Celeste disputou cinco partidas em oito dias. No momento mais importante, entre o fim do jogo remarcado contra a equipe caribenha, no dia 25, a partir das 10h, e a semifinal contra a Argentina, no dia seguinte, às 20h, houve um intervalo de apenas 32 horas – menos da metade do tempo (72 horas) recomendado pela Fifa.
O clássico entre uruguaios e argentinos foi duro e catimbado como sempre. Houve troca de ofensas na saída para o túnel ao fim do primeiro tempo e muitas faltas. A Argentina venceu por 1 a 0 e foi para a final.
Apenas 48 horas depois de perder para os “hermanos”, o Uruguai conquistou a medalha de bronze, vencendo a Costa Rica por 2 a 1 (na foto, os jogadores comemoram a conquista). Esta poderosa seleção, como todos devem lembrar, havia eliminado o Brasil por 3 a 1 na fase classificatória.
Sou muito fã do futebol uruguaio. A seleção que veio ao Pan não fez uma boa campanha, mas pode dizer que foi prejudicada pelo absurdo calendário dos Jogos. E, além de não dar vexame, como o Brasil, ainda faturou um bronze. Nada mal.

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