sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Jornalismo Desligado de A Liga


Momento em que a atendente informa a razão para não fazer o cadastro
O setor de jornalismo da Band precisa cuidar melhor dos seus programas. Não podemos reclamar da dedicação da rede quanto a variedade de estilos, nem da diversidade de meios para aproximar a notícia do seu público, é rádio, jornal, TVs paga e aberta, todos afinados com a informação. Ocorre que este tipo de público cobra lógica dos repórteres.
Terça passada, no ALiga, ao tentar mostrar o quanto os transexuais são discriminados, a equipe travestiu um dos seus e simulou interesse em comprar aparelho celular. A atendente se recusou a cadastrar o travesti quando este pediu para ser usado seu nome artístico. Seria necessário usar os dados da carteira de identidade, não seria possível colocar outro nome. O fator impeditivo não foi o fato da pessoa estar travestida e sim uma medida legal. Se eu pedisse para colocar qualquer outro nome, a mesma atendente não aceitaria, se vc, leitor, tentasse usar seu apelido de infância, também não conseguiria.
A reportagem deve ser mais cuidadosa em seus argumentos. Para ser confiável no ramo do jornalismo, este tipo de falha não pode acontecer. Junte a isso o caso de Rafinha Bastos que, em momento de impulso, foi irresponsável ao dizer que comeria um bebê, notamos o quanto a rede precisa criar seu manual de comportamento e atos, tão comum outras redes.
Texto: @cleomarsantos

Nenhum comentário:

Postar um comentário