O sucesso das personagens Valéria e Janete, do quadro "Metrô Zorra Brasil", é gritante. A cada passo que os atores Rodrigo Sant'anna e Thalita Carauta dão entre o camarim e o "set", várias pessoas pedem autógrafos e fotos. E isso tudo dentro do Projac – complexo de estúdios da Globo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro –, onde são realizadas as gravações do "Zorra Total". Fora dali, a dupla não passa despercebida, apesar de estar sem o figurino exagerado.
Para interpretar Valéria, Rodrigo usa um microshort, uma "legging" colorida e uma peruca descabelada, com um prendedor segurando algumas mechas, além de maquiagem carregada. Thalita também usa peruca e, em cena, fica com o rosto bem diferente por conta do queixo que projeta para a frente. Mesmo assim, livres de todos os aparatos, as abordagens são constantes. "Em qualquer lugar as pessoas estão reconhecendo, está uma loucura. E como a gente trabalha muito com humor, elas vêm abraçando. Amigas íntimas!", surpreende-se Thalita. "Acho que tudo é a maneira como você se comporta diante da situação. Ultimamente, reconhecem bastante, ainda mais porque estou fazendo alguns programas na casa que são de cara limpa", completa Rodrigo.
Em qualquer lugar as pessoas estão reconhecendo, está uma loucura. E como a gente trabalha muito com humor, elas vêm abraçando
Thalita Carauta sobre seu personagemDurante a gravação, 80 figurantes estão a postos e outras 20 pessoas, em média, são contratadas para rir das piadas – são os chamados "clackers". Antes do "ok" do diretor Maurício Sherman, Rodrigo e Thalita ensaiam mais uma cena de seus papéis. Dessa vez, Janete está com uma coroa na cabeça e uma faixa de "Miss Imbariê 2011". E Valéria não perde a chance de menosprezar a amiga. "Janete, se tu fosse a única candidata, ainda assim, você seria a segunda", diz Rodrigo, arrancando gargalhadas da equipe que está atrás das câmaras. Algumas piadas depois, a conversa é finalizada com o bordão que celebrizou a personagem: "Ai, como eu 'tô' bandida". Na segunda aparição da dupla, Janete percebe que alguém a está bolinando no metrô e, antes de ver quem é, comenta com Valéria que deve ser um pescador. A amiga pergunta como ela sabe e Janete aproveita a deixa: "É porque eu estou sentindo a isca viva, estou sentindo a minhocona". Mas Maurício Sherman não está totalmente satisfeito com a performance do figurante e vai até o cenário dar as devidas explicações e demonstrações. "Você nunca bolinou ninguém, não? Não olha para ela, não ouve a conversa", diz, em tom humorado.
Dentro do "Metrô Zorra Brasil", se passam vários esquetes, além do protagonizado por Rodrigo e Thalita. Muitos deles são de personagens criados por seus próprios intérpretes – como é o caso de Valéria e Janete, que vieram da peça "Os Suburbanos". Isso, inclusive, é algo que se vê com frequência no programa. Tanto que, no mesmo quadro, participam Fabiana Karla e Nelson Freitas, entre outros, com papéis desenvolvidos por eles, como a faxineira Lucicreide e o "bebum" Espongino. "O bêbado foi uma criação minha. Ele não tinha um nome específico e os redatores propuseram Espongino", explica Nelson. "Eu trouxe a Lucicreide, depois a Gislaine, que é a 'personal trainer' para novos pobres, e a Doutora Lorca, que até hoje está na boca da galera", diz Fabiana, que também interpreta, dentro do quadro, Dilmaquinista, uma paródia de Dilma Rousseff com direito à prótese dentuça e tudo.
Apesar da trama ser, de uma certa maneira, fixa e apresentar a mesma situação a cada semana, os atores trazem algumas novidades, dentro do possível. Rodrigo, por exemplo, adota novas expressões engraçadas para Valéria de acordo com o que observa nas ruas. Sem falar na liberdade que tem para o improviso. "Quando a gente está ali, na hora do 'gravando', procura se colocar nesse lugar da brincadeira. E, como eu e Thalita já temos muita intimidade, acaba que algumas coisas vão surgindo naturalmente", ressalta. E como os quadros do "Zorra Total", por mais que façam sucesso, têm prazo de validade, a cabeça dos atores não para de funcionar. Enquanto desfrutam do atual reconhecimento, precisam pensar em possibilidades futuras. "A nossa parte por trás disso é estar pensando em personagem para, quando a direção chegar à conclusão de que precisa de uma coisa nova, a gente já estar preparado e ter um trabalho para apresentar", explica Thalita.
Dentro do "Metrô Zorra Brasil", se passam vários esquetes, além do protagonizado por Rodrigo e Thalita. Muitos deles são de personagens criados por seus próprios intérpretes – como é o caso de Valéria e Janete, que vieram da peça "Os Suburbanos". Isso, inclusive, é algo que se vê com frequência no programa. Tanto que, no mesmo quadro, participam Fabiana Karla e Nelson Freitas, entre outros, com papéis desenvolvidos por eles, como a faxineira Lucicreide e o "bebum" Espongino. "O bêbado foi uma criação minha. Ele não tinha um nome específico e os redatores propuseram Espongino", explica Nelson. "Eu trouxe a Lucicreide, depois a Gislaine, que é a 'personal trainer' para novos pobres, e a Doutora Lorca, que até hoje está na boca da galera", diz Fabiana, que também interpreta, dentro do quadro, Dilmaquinista, uma paródia de Dilma Rousseff com direito à prótese dentuça e tudo.
Apesar da trama ser, de uma certa maneira, fixa e apresentar a mesma situação a cada semana, os atores trazem algumas novidades, dentro do possível. Rodrigo, por exemplo, adota novas expressões engraçadas para Valéria de acordo com o que observa nas ruas. Sem falar na liberdade que tem para o improviso. "Quando a gente está ali, na hora do 'gravando', procura se colocar nesse lugar da brincadeira. E, como eu e Thalita já temos muita intimidade, acaba que algumas coisas vão surgindo naturalmente", ressalta. E como os quadros do "Zorra Total", por mais que façam sucesso, têm prazo de validade, a cabeça dos atores não para de funcionar. Enquanto desfrutam do atual reconhecimento, precisam pensar em possibilidades futuras. "A nossa parte por trás disso é estar pensando em personagem para, quando a direção chegar à conclusão de que precisa de uma coisa nova, a gente já estar preparado e ter um trabalho para apresentar", explica Thalita.
(Luana Borges)
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