quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Aos 82 anos, ator de “Chaves” fala dos avanços da tecnologia, em chat com fãs


Personagem Chaves, interpretado pelo ator Roberto Gómez BolañosPersonagem Chaves, interpretado pelo ator Roberto Gómez Bolaños
México – O comediante mexicano Roberto Bolaños, mais conhecido pelo papel protagonista no programa “Chaves”, destacou os avanços da tecnologia e lamentou que não consiga acompanhar as rápidas mudanças do mundo atual, em uma conversa nesta quarta-feira com fãs do mundo inteiro por videochat.
O ator, de 82 anos, que ganhou fama mundial ao interpretar os personagens Chaves e Chapolin Colorado, clássicos da TV mexicana, recentemente abriu uma conta no microblog Twitter e alcançou 1 milhão de seguidores em apenas dois meses.
Do salão de sua casa, e acompanhado de sua esposa e também atriz, Florinda – que participou com ele em muitas de suas séries – Chaves conversou com fãs de Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Espanha e até da Índia.
Sua presença no videochat foi seguida por muitos admiradores interessados nos detalhes de seus personagens, seus gostos pessoais, sua vida atual e seus projetos futuros.
Falando das novas tecnologias e de sua bem-sucedida entrada no microblog Twitter, Bolaños foi perguntado sobre como seria o programa “Chaves” na atualidade e se criaria uma conta na rede social Facebook.
“Provavelmente (estaria no Facebook), mas não aprenderia muito”, disse o ator, que disse se sentir “privado de conhecer o mundo atual” por causa da velocidade das mudanças.
Bolaños afirmou que o personagem com quem mais se identifica é o Doutor Chapatín – do programa “Chapolin Colorado” -, “pela idade”, brincou, mas sobretudo porque “é muito sincero” e não minta gostar de trabalhar o tempo todo.
“Neste mundo, há quem precise trabalhar o tempo todo. Eu não, eu prefiro sentir algo belo, praticar algo”, explicou.
O veterano ator mexicano revelou, a pedido de um de seus fãs, o conteúdo da famosa bolsa do Doutor Chapatín, onde disse guardar “os rancores, as invejas e esses defeitos” para não deixá-los escapar, impedindo-os de “ofender as pessoas”.
Outro de seus interlocutores através do videochat quis saber se o Chapolin Colorado poderia ser um herói. Bolaños respondeu que “talvez sim”, porque “enfrentava todos, inclusive a sua própria patetice”.
“Acho que os heróis dos filmes não são heróis. Herói é o Chapolin, porque (…) era fraco, trôpego, tolo e o mérito é enorme porque não fazia as coisas facilmente, sofria para fazê-lo”, explicou.
“O Chapolin ajudava a todos (…). Agora que tenho dificuldades de caminhar, digo: quem poderá me defender?”, brincou, referindo-se ao jargão do herói colorado.
Bolaños disse que pretende continuar se dedicando à escrita. “Eu gostaria de seguir escrevendo por toda a vida. Adoro a criação”, indicou o ator, que revelou que publicará alguns ensaios que já tem escritos.
O ator ressaltou que não há chaves para o sucesso, mas sim para o fracasso, e que a pior de todas é “tentar afagar e ficar de bem com todo mundo, isso é impossível”.
UOL TELEVISÃO

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