quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Fazenda: um celeiro de subcelebridades

Karina Bacchi no instante em que o apresentador Britto Jr. anunciou sua vitória no programa A Fazenda 2, da Rede RecordKarina Bacchi no instante em que o apresentador Britto Jr. anunciou sua vitória no programa A Fazenda 2
Eles recebem prêmios milionários depois de ter sua intimidade exposta a dezenas de câmeras e milhares de telespectadores. Tamanha exposição parece tudo o que uma subcelebridade em busca de holofotes – ou holofortes, como diria Geisy Arruda – pode querer. O resultado das três primeiras edições de A Fazenda, reality show que reestrou nesta terça, às 23h, na grade da Record, porém, contraria essa lógica. A paralisia nas carreiras de Dado Dolabella, Karina Bacchi e Daniel Bueno mostra que, como celeiro de subcelebridades, A Fazenda é pródiga em fazer de um quase famoso… um quase famoso.
Quanto maior o tempo que separa o presente do momento da conquista do prêmio, mais apagada se torna a imagem do vencedor na memória do público que o consagrou. “Podemos comparar esse fenômeno àquelas velas de aniversário que brilham intensamente e logo se apagam. A vantagem conquistada não tem valor de médio a longo prazo”, diz José Roberto Martins, consultor da empresa GlobalBrands.
A efemeridade, no caso, é explicada pela própria rapidez com que os participantes atingem altos níveis de popularidade nos realities. Essa rapidez impede a maturação necessária ao desenvolvimento de qualquer artista e leva os quase famosos de A Fazenda a se manter na condição de aspirantes a ídolo. “São personalidades sem recursos sustentáveis para permanecer em evidência. É preciso mostrar talento para perpetuar a fama instantânea”, avalia Martins.

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