O TJ Brasil (formalmente Telejornal Brasil) foi um telejornal transmitido pelo SBT de 1988 a 1997. Foi a estréia de Boris Casoy, então editor-chefe do jornal Folha de São Paulo, como apresentador de TV.
História
O TJ Brasil estreou em agosto de 1988 como uma tentativa de Sílvio Santos dar mais credibilidade ao SBT, ampliando assim seu faturamento publicitário com um telejornalismo forte. O telejornal tornou-se notório no Brasil por introduzir a figura do âncora, modelo "importado" da televisão norte-americana. O telejornal obteve tanto êxito durante sua exibição, que o SBT chegou a implantar uma espécie de padronização dos telejornais de suas afiliadas, fazendo com que os nomes do telejornais tivessem o TJ inicial mais o nome do estado (exemplos: TJ Paraná, TJ Rio, TJ São Paulo, entre outros).
Boris Casoy (recém-saido da Folha de S. Paulo, onde foi editor-chefe) trouxe para a TV o estilo analítico do jornalismo impresso, introduzindo comentários em sua perspectiva após a veiculação de cada reportagem ou notícia. A novidade foi bem recebida e tornou-se uma marca registrada do TJ Brasil e de Casoy. As críticas ácidas de Casoy durante o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor marcaram época pelo ineditismo no telejornalismo brasileiro, devido na chamada grande imprensa, a carga opinativa do veículo de comunicação sobre determinada notícia ser descarregada (geralmente apócrifa) durante o texto e as matérias dos telejornais ou nos editoriais (geralmente em caráter excepcional).
Durante seus comentários, Casoy acabou criando bordões que se tornariam famosos, como Isso é uma vergonha! e É preciso passar o Brasil a limpo. Doris Giesse foi reporter especial do telejornal e fazia matérias sobre arte e entretenimento.
Arnaldo Duran, Mônica Waldvogel, Berto Filho, Tônico Ferreira e Hermano Henning também apresentaram a atração, substituíndo Casoy aos sábados ou nas suas férias.O diretor-executivo era Dácio Nitrini. Em 1997, quando Boris deixou a bancada do TJ Brasil aceitando uma proposta para ancorar o Jornal da Record, foi substituído por Hermano Henning. Alguns meses depois, no fim de 1997, o jornal foi cancelado.
Influência
O novo estilo criado pelo TJ Brasil influenciou outras emissoras, até mesmo a Rede Globo, que modernizou razoavelmente o seu telejornalismo, culminando com a substituição de Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada do Jornal Nacional por William Bonner e Lilian Witte Fibe (depois substituída por Fátima Bernardes), em 1996, em busca de maior credibilidade e de um estilo menos asséptico.
Apresentação
Abaixo está a relação incompleta de apresentadores que estiveram na bancada do TJ Brasil, o titular, e também os apresentadores que assumiram de forma provisória.
Apresentador
- Bóris Casoy
Apresentadores Eventuais
- Paulo Carvalho: apresentava o TJ Rio, com Ana Davis e, aos sábados, durante algum tempo, substituía Boris Casoy na apresentação do TJ Brasil. Trabalhou ainda na Rede Manchete, apresentador titular do Jornal da Manchete - Edição da Tarde e do Repórter Manchete (1985 a 1989).
- Mônica Waldvogel
- Hermano Henning
- Arnaldo Duran
- Tonico Ferreira
- Lina Menezes: Apresentava eventualmente o TJ Brasil aos sábados e nas folgas de Boris Casoy em 1992.
- Berto Filho
- Salette Lemos (fazia comentários de economia no telejornal)
Principais Repórteres
- Giuliana Morrone (Fez a Cobertura Política em Brasília)
- Zileide Silva (Trabalhou em Brasília)
- Mônica Waldvogel (Foi repórter especial em Brasília na época do governo Collor)
- Arnaldo Duran (Foi correspondente internacional em Londres)
- Tônico Ferreira (Foi repórter especial em São Paulo)
- Luiz Carlos Azenha (Foi correspondente internacional em Nova York)
- Genildo Lawincky (Foi repórter especial em Salvador)
- Hachem Taha (Foi repórter especial em Riad e Damasco)
- Délis Ortiz
ABERTURA 1993
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