sexta-feira, 4 de março de 2011

Sandy suja imagem em campanha de cerveja




Olá, internautas

O Brasil é carente de bons exemplos em diversas áreas. Na mídia, isso é exponencial. Corrupção na política. Jogador preso acusado de assassinar amante. Jogador de vôlei pego em exame antidoping. Na atual edição do “BBB 11” isso é exposto cruelmente.  Muitos confinados não têm o menor pudor em vomitar na frente das câmeras após uma noitada de bebedeira. Outros esculacham as mulheres, sem o devido revide de outros participantes. Outro brother fala, tranquilamente, que consome todos os tipos de drogas, menos as injetáveis. E por ai vai.    

Neste quadro com poucas referências positivas, Sandy sempre apareceu como ícone a ser seguido. Dedicada à família, ela conquistou o Brasil pelo seu talento em uma sociedade que inverte os valores.  

Nos últimos anos, ela, igual a muitos outros artistas, perdeu espaço na TV brasileira. Sandy está muito longe dos áureos tempos de sucesso da década de 90. Alguns justificam tal fato devido ao chamado estilo comportado da cantora em uma mídia que prefere os escândalos (como ocorre com Amy Winehouse). Por isso mesmo, a própria Sandy tenta desconstruir sua bela imagem alcançada ao longo da carreira.

Recentemente, a filha de Noely e Xororó falou que já tomou porres homéricos. Tal declaração é um tiro no pé em uma sociedade que convive com o crescente aumento de alcoólatras. Cada vez mais cedo, jovens e até crianças bebem pinga como se fosse água. Um registro vale a pena ser citado: as letras das músicas do chamado sertanejo universitário devem ser escritas por compositores que possuem alguma parceria com donos de bar!

Agora, Sandy substitui Paris Hilton na campanha da cerveja “Devassa”. A cantora suja sua imagem propositalmente. É péssimo para qualquer celebridade emprestar sua credibilidade para propagandas de bebidas alcoólicas. O cachê milionário não justifica tal barbeiragem.

Segundo índices da Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros com mais de 15 anos bebem o equivalente a 10 litros de álcool puro por ano - a média mundial é de 6,1 litros. No Brasil, o álcool é responsável por 7,2% das mortes, índice quase duas vezes superior à média mundial.

Sandy e seu staff deveriam conhecer mais estes índices, antes de embarcar nesta campanha que, de fato, conquistou repercussão.  

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