Acho que isso vale também para música, livros, cinema, séries e TV em geral: quanto mais lemos, assistimos ou ouvimos o nosso gosto vai melhorando e, portanto, estamos menos propícios a tolerar “qualquer coisa”.
Eu tinha boas lembranças da novela Quatro Por Quatro e de Sai de Baixo. Tentei ver alguma coisa no Viva e notei que algo mudou e foi comigo: aquilo ali não me desce mais, no entanto, quis manter minhas boas lembranças e parei de assistir.
Hoje temos como base de comparação a novela A Favorita e é impossível engolir o que os autores tem oferecido, fica a sensação de que vamos ter que esperar dois anos para conferir uma nova boa produção do mesmo João Emanuel Carneiro.
Agora estou lendo o livro Se Abrindo Para a Vida, de Zibia Gasparetto, autora que sempre adorei. Não vai mais, é uma coisa muito tatibitati e repetitiva, algo que hoje me faz questionar se é mesmo o espírito Lucius que “dita” os livros ou se a própria Zibia os escreve.
A questão é que só se altera o nome dos personagens e as histórias são basicamente as mesmas. Tenho mais um dela e pretendo não ler um próximo também para preservar a boa memória que tenho do quanto seus livros me fizeram bem.
Em resumo, acho que nos tornamos seletivos ou mais… chatos.
O difícil, no entanto, é saber se isso é bom ou ruim. Vamos combinar: vivemos em um mundo onde há muito mais porcaria, ou seja, acabamos ficando limitados.
É algo pra se pensar.
Endrigo Annyston
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